Transtorno que atinge grande parte da população brasileira, pode prejudicar saúde bucal e outras partes do corpo

Grande parte da população possui um certo incômodo ao visitar o dentista. O barulho dos equipamentos, o cheiro e o receio de descobrir algum problema deixa muita gente aflita, isso é normal. Mas quando o medo se torna incapacitante e provoca pânico, é sinal de que algo está errado. Esta condição pode ser diagnosticada como a odontofobia, transtorno psicológico responsável pelo medo excessivo de ir ao dentista. O problema é que, quando não tratado, este mal pode trazer riscos à saúde.

Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Odontologia, três entre cada dez adultos sofrem deste mal. A cirurgiã dentista Ludimilla Abi-Saber Toledo, explica que a odontofobia impede que o paciente procure um dentista, mesmo quando necessário. “O maior risco se refere aqueles que não conseguem de maneira alguma sequer pensar em um dentista. O problema é que a falta de visitas ao especialista pode contribuir para o surgimento de diversas doenças que com o tempo podem se tornar graves e afetar outras partes do corpo”, alertou.

O que fazer?

Ludimilla indica que o primeiro passo para quem possui um medo incapacitante é procurar auxílio psicológico. “Um profissional desta área poderá auxiliar no entendimento sobre o medo. Como ele surgiu na vida da pessoa e quais são os gatilhos. A partir daí, é possível indicar um tratamento adequado para superar a odontofobia”, esclareceu.

Outro ponto importante, refere-se a criar uma relação de confiança com o dentista. “Procure um profissional que te faça sentir confortável. Converse e fale sobre os principais medos. Não tenha medo de perguntar e busque apoio com pessoas próximas. Tudo o que fizer o paciente se sentir mais seguro é bem-vindo. Através dessas atitudes, é possível superar o medo aos poucos e evitar riscos à saúde”, destacou a especialista.

Fonte: Ludimilla Abi-Saber Toledo, cirurgiã dentista, especialista em periodontia e harmonização facial. Professora universitária e sócia da Clínica Vitácea, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.


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