Especialista comenta os benefícios de um novo tratamento liberado no país recentemente e que traz novas perspectivas para quem sofre com esse problema

A enxaqueca é uma das principais causas de dor de cabeça, sendo um problema que incomoda muita gente em diversas fases da vida. Os motivos para desenvolver o transtorno são vários, sejam por fatores físicos ou emocionais. Dessa maneira, os tratamentos também são variados e podem, ou não, funcionar dependendo do organismo de cada indivíduo. Diversos especialistas estão a cada dia mais em busca de soluções para aliviar os sintomas. A boa notícia é que, recentemente, um novo tratamento foi aprovado no Brasil pela Anvisa e traz esperança para a população.

De acordo o Ministério da Saúde, cerca de 30 milhões de brasileiros apresentam essa doença. A neurologista Dra. Helena Providelli, especialista no tratamento de dores de cabeça, explica que a enxaqueca é uma doença crônica com vários sintomas e garante que essa é a causa mais comum de dor de cabeça incapacitante.

Esperança

Em meio a tantos remédios para amenizar a dor, mas que nem sempre tem os efeitos desejados para auxiliar na qualidade de vida do paciente, uma nova opção poderá auxiliar no tratamento de milhares de brasileiros. A especialista comenta que o novo medicamento tem como princípio ativo o Erenumab, um anticorpo monoclonal. “Isso quer dizer que ele faz parte da classe mais avançada e moderna de medicamentos disponíveis. A grande vantagem dele é a especificidade, pois é um medicamento desenvolvido com o objetivo de agir diretamente no mecanismo que deflagra a dor, funcionando como tratamento preventivo”, esclareceu a médica.

Indicações

O medicamento pode complementar o arsenal terapêutico do paciente ou servir como substituto para aqueles que possuem alguma contraindicação das demais formas de tratamento para enxaqueca. “A princípio, o medicamento não possui contraindicações evidentes e poderá ser usado em pacientes que sofrem de enxaqueca crônica, episódica e, até mesmo, pacientes com cefaleia em salvas. Mas é importante lembrar que ele é recomendado, principalmente, em casos de dor incapacitante e apenas o médico pode receitá-lo, portanto, passar por avaliação prévia também é fundamental”, ressaltou.

Duração

Assim como em outros tratamentos, é preciso haver certa disciplina para obter os resultados. De acordo com a neurologista, a duração do tratamento não tem um prazo determinado, pois depende da resposta de cada organismo. ”Podemos antecipar que não se trata de uma única aplicação, dessa maneira o paciente precisa estar preparado para um tratamento que poderá ser longo”, garantiu Providelli.

Fonte: Dra. Helena Providelli, médica neurologista especialista no tratamento de dores de cabeça (@drahelenaprovidelli).


atualizado em 03/05/2019 - 14:37

comentários